O que é a energia geotérmica
Energia gerada pelo calor da Terra
A etimologia grega do nome já diz tudo: geō, Terra, e thermós, calor. O calor que vem do coração da Terra, sob a forma de vapor, acompanhou o homem ao longo de sua jornada e foi explorado de todas as formas possíveis: aquecer, cozinhar, alimentar complexos térmicos. No século XIX, ocorreram os primeiros usos industriais da energia geotérmica e, no início do século XX, surgiu a possibilidade de produzir eletricidade.
Até a década de 1960, o umbigo do mundo geotérmico era a pequena cidade de Larderello, que manteve a liderança global na produção de energia geotérmica até que a tecnologia se espalhasse em larga escala, nos anos 80, para o resto do mundo. Na última década, países como os Estados Unidos e a Islândia otimizaram o uso de fluidos geotérmicos, presentes em abundância em seus respectivos territórios, explorando-os principalmente para aquecimento doméstico: 95% das residências islandesas são aquecidas diretamente com os vapores provenientes do subsolo.
A difusão da energia geotérmica é menos difundida em comparação com outras renováveis: não é possível encontrar em todos os territórios uma grande quantidade de calor concentrada na mesma área. No entanto, isso não impede o seu potencial: após a COP21 (Conferência das Partes) de Paris 2015, foi lançada a Aliança Geotérmica Global (GGA - Global Geothermal Alliance), com a aprovação das Nações Unidas. Esta iniciativa visa incentivar os países com recursos geotérmicos a priorizar este recurso renovável para acelerar o processo de transição energética. Na segunda reunião da GGA realizada em Salvador em 2022, sob os auspícios da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA - International Renewable Energies Agency), a energia geotérmica contribuiu com 15.960 GW de energia verde para a capacidade renovável global e prevê-se o seu desenvolvimento nos próximos anos com um aumento anual mínimo de 6%.
A história daenergia geotérmica
Entre a literatura, a medicina e a tecnologia
Como funciona a energia geotérmica
Viagem ao centro da Terra
Uma usina geotérmica transporta o calor da Terra para transformá-lo em eletricidade. Em áreas particularmente favoráveis do nosso planeta, onde a crosta é mais fina e irregular, a "respiração" é captada por um poço de extração de até 3.000 metros de profundidade, que permite que os vapores naturais subam em direção à superfície e sejam encaminhados para a turbina.
A turbina transforma a energia do vapor a alta pressão e alta temperatura em movimento mecânico, que - uma vez transferido para um alternador - se transforma em eletricidade.
Depois de ser usado para ativar a turbina, o vapor é canalizado para um condensador (ou transformador de calor), que baixa a temperatura e o transforma em água. Graças a uma torre de resfriamento, a temperatura da água é reduzida ainda mais.
Nesse ponto, a água fria tem dois caminhos à sua frente: ou é usada no condensador, onde contribui para diminuir a temperatura do vapor, ou é injetada novamente no subsolo, onde se transforma novamente em vapor e dá vida a um novo ciclo de produção para criar mais energia verde.
O calor torna-se energia verde
Um potencial incrível
Desde 2006, um relatório do Massachusetts Institute of Technology destaca como o potencial geotérmico presente na Terra poderia fornecer energia verde ao planeta por 4000 anos.
Ininterrupta e constante
Dia, noite, sol e chuva: nenhuma dessas situações afeta a existência da energia geotérmica. O calor da terra sempre esteve totalmente disponível.
Baixos custos de operação
Uma vez construída, uma usina geotérmica, os custos operacionais são significativamente mais baixos em comparação com outras tecnologias.
Perguntas frequentes sobre a energia geotérmica
A quantidade de energia que se encontra no subsolo é enorme. Graças a um potencial ainda inexplorado, prevê-se que os anos 20 deste século possam ser lembrados como a década da energia geotérmica. Uma energia que otimiza recursos: o calor que não pode ser aproveitado imediatamente é reintroduzido em circulação, favorecendo a sua economia. Aqui estão todas as respostas às suas curiosidades sobre esta fonte renovável.
Geotermia, cultura e enogastronomia: o possível desafio da Toscana
Como um grupo de aldeias nas colinas da Toscana atrai mais de 60 mil visitantes por ano, com uma tendência que continua a crescer? Com uma oferta cultural variada, capaz de intrigar jovens e idosos, e uma excelente produção enogastronômica, com a energia geotérmica sendo utilizada de diversas maneiras. Em Larderello, está localizado o interessante e informativo Museu Geotérmico (mais de 30 mil visitas por ano), enquanto uma arena para apresentações teatrais e musicais foi criada na usina Larderello 3 em 2017. Trilhas naturais e trekking, como o Parque Biancane de Monterotondo Marittimo ou o Fumaroles de Sasso Pisano, integram a rica oferta de turismo sustentável.
Mas na Toscana, em 2009, a primeira Comunidade de Alimentos para Energias Renováveis do mundo: uma associação agroalimentar que reúne vários empresários do setor. O que eles têm em comum? Uma produção enogastronômica rica e de excelência – laticínios, basílico, cervejas artesanais, óleos e vinhos – produzida com o auxílio da energia geotérmica.